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65 anos de Brasília: Catedral abriga Ícones que contam história da cidade e da arquidiocese

A Igreja Católica está presente em Brasília desde o seu início, antes mesmo da inauguração. Ao comemorar os 65 anos da fundação da Capital Federal, se faz memória do caminho de mais de seis décadas de uma Igreja que cresceu junto com a cidade e cuja história está marcada e guardada em sua Igreja-Mãe, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

A construção do templo, o acervo ali presente e as grandes celebrações realizadas em seu interior ou em seu entorno contam a história da Igreja em Brasília. Alguns desses momentos e símbolos podem ser lembrados neste aniversário de 65 anos da cidade e da arquidiocese.

Há muitas pessoas que também marcaram e, ainda hoje, fazem parte da história da arquidiocese, tendo algum momento especial celebrado na Catedral, como os bispos e padres da arquidiocese.

 

A história que se encontra na Catedral

Em 3 de maio de 1957, foi celebrada a primeira Missa em Brasília, no ponto mais alto do hoje Eixo Monumental, entre o Memorial JK e a Catedral Militar. A celebração foi presidida pelo então arcebispo de São Paulo, dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, e realizada na data em que a Igreja celebrava a Festa da Santa Cruz. O presidente Juscelino Kubistchek – fundador da cidade – em discurso na ocasião, afirmou: “Plantamos, com o sacrifício da Santa Missa, uma semente espiritual neste sítio que é o coração da Pátria” e acrescentou: “Hoje é o dia da Santa Cruz, dia em que a Capital recém-nascida recebe o seu batismo cristão”.

Hoje, a Cruz Histórica está abrigada na nave da Catedral Metropolitana de Brasília, tendo sido doada pelo Governo do Distrito Federal e o Clube dos Pioneiros.

 

No ano seguinte, tem início a história da própria Catedral, projetada por Oscar Niemeyer a pedido de Juscelino Kubistchek para ser a Catedral Católica de Brasília. A pedra fundamental foi lançada em 12 de setembro daquele ano.

Em janeiro de 1960, a Bula de Criação da Arquidiocese de Brasília, escrita pelo Papa João XXIII, já definira que a catedral metropolitana da nova arquidiocese seria confiada a Nossa Senhora Aparecida, “isenta de toda a mancha do pecado”.

Na inauguração de Brasília, estavam prontas as dezesseis colunas de concreto que carregam a marca da Catedral e era visível a área circular de setenta metros de diâmetro que compreende a nave do templo. Ao lado da futura Igreja-mãe, foi realizada a inauguração da cidade, em cerimônia solene. Ali, foi empossado o primeiro arcebispo, dom José Newton de Almeida Baptista.

 

Em junho de 1962, Nossa Senhora Aparecida foi proclamada padroeira da arquidiocese de Brasília e São João Bosco seu padroeiro secundário, tendo em vista a forte ligação do santo com a cidade, quando de um de seus sonhos proféticos ele via uma cidade promissora de onde jorraria leite e mel.

A imagem da Padroeira que fica exposta no nicho instalado no presbitério do templo, é uma réplica da original que visitou todas as capitais brasileiras e foi entregue à Catedral de Brasília em 12 de outubro de 1967, por ocasião da Consagração do Templo, pelas mãos de dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, primeiro Arcebispo de Aparecida (SP). São João Bosco também é lembrado na Igreja-Mãe com uma escultura que carrega referências ao local onde sonhou que teria uma terra onde jorraria leite e mel e monumentos da cidade, como a própria Catedral.

Em 1970, foi inaugurada a Catedral Metropolitana de Brasília, durante o primeiro Congresso Eucarístico Nacional sediado na cidade. A dedicação do templo foi feita pelo cardeal Eugênio de Araújo Sales, então arcebispo de Salvador (BA).

 

  

 

Desde então, a Catedral abriga as principais celebrações da Igreja em Brasília, seja em seu interior, como as ordenações, posses dos arcebispos e envios de catequistas; seja em seu entorno, como as celebrações de Corpus Christi e Nossa Senhora Aparecida, e as visitas do Papa João Paulo II, em 1980 e 1991. Da visitia de 1980, a cadeira utilizada pelo pontífice está guardada na Catedral, após ser doada pelo Governo do Distrito Federal.

Outros elementos que são sinônimos da história de Brasília também se encontram na Catedral. Sua arquitetura, por exemplo, contém obras dos principais artistas que assinam obras que são a cara da cidade, como o próprio Niemeyer, Athos Bulcão e Marianne Peretti, criadora dos vitrais.

 

Pessoas e história

 

O primeiro seminarista e hoje cardeal

No início de sua história, a Arquidiocese de Brasília, precisou contar com padres de outras dioceses e missões de congregações religiosas para formar sua estrutura evangelizadora. Assim, o primeiro seminarista da recém criada arquidiocese foi Raymundo Damasceno Assim, que veio para Brasília acompanhando o primeiro arcebispo, dom José Newton de Almeida Baptista, vindo da Arquidiocese de Diamantina (MG). Aqui, atuou durante os primeiros anos de evangelização e foi ordenado bispo na Catedral, após ser eleito bispo auxiliar de Brasília. Após mais de 25 de episcoapado, tendo ocupado os cargos mais importantes da Igreja no Brasil e na América Latina, dom Damasceno retornou à capital.

Apaixonado pela história da Igreja em Brasília, ele coleciona escritos sobre a presença católica no Distrito Federal e ressalta o “entrelaçamento da história da Igreja e a história de Brasília”.

Recordando os primeiros anos, a formação das paróquias e a reunião do povo em torno da vida das comunidades católicas, dom Damasceno percebe o crescimento da cidade e da arquidiocese. “A cidade, cada vez maior, com mais cidades e um contingente grade de população, e a Igreja sempre presente na sua missão de anunciar o Evangelho, de levar a paz às pessoas, de santificar pelos Sacramentos, e de se colocar a serviço do povo de Deus a exemplo de Jesus, que veio não para ser servido, mas para servir. Assim a Igreja quer ser servidora aqui no Distrito Federal, de toda a sua população, respeitando a todos”, partilhou.

 

Primeiro padre brasiliense e pároco histórico

Além de dom Damasceno, outro bispo tem sua história entrelaçada na Catedral de Brasília e na arquidiocese de Brasília. Primeiro padre nascido e consagrado no Distrito Federal, dom Marcony Vinícius Ferreira foi pároco da Catedral Metropolitana de Brasília de 1996 a 2010. Em abril de 2014, foi ordenado bispo auxiliar de Brasília. Atualmente, é arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil.

 

Bispos na história

De modo especial, outros bispos que marcaram a história da capital foram sepultados na Cripta do templo, conforme tradição da Igreja. Ali, estão abrigados os restos mortais de dom José Newton de Almeida Baptista, dom Francisco de Paula Victor, dom João Evangelista Martins Terra e do cardeal José Freire Falcão, bispos que atuaram na capital e ajudaram a espalhar a Palavra de Deus pelo Distrito Federal.

 

Dom Damasceno observa a arquitetura da Catedral para simbolizar a Igreja em prece pela cidade:

“A Catedral é a Igreja-mãe de todas as paróquias, de modo que aqui é a sede, é a cátedra do bispo, que fala para toda a Igreja. É o monumento dos mais bonitos de Brasília e, certamente, uma obra muito querida do Niemeyer. Tem muitas interpretações dos símbolos. Essas parábolas que se levantam e se abrem lá em cima, no espaço, lembram o ofertório, a Igreja que oferece as suas preces, oferece a cada dia o sacrifício Eucarístico em ação de graças por tudo de bom que acontece em Brasília, em todo o Brasil, rezando sempre pelas autoridades, pelo nosso povo, nossas famílias, de modo que aqui sempre tem a oração permanente da Igreja em favor de toda a população”.

 

“Quero aproveitar para felicitar Brasília e também a arquidiocese, 65 anos que ambas estão celebrando, pedindo a Deus que, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que abençoe as autoridades, todos os Três Poderes, abençoe as famílias de Brasília e que Ele nos acompanhe com a sua graça, na proteção de Nossa Senhora”.

 

Com o desejo de abrigar, reunir e divulgar a história da Igreja em Brasília, o atual pároco da Catedral, padre Agenor Vieira, pretende oferecer, em breve, uma exposição com esses e outros destaques históricos para que a população do Distrito Federal e os milhares de visitantes possam conhecer, se encantar e se aproximar dessa trajetória evangelizadora. 

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