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24º Domingo do Tempo Comum – 16/09/2018

E vós, Quem dizeis que Eu Sou?

O Evangelho (Mc 8,27-35) nos motiva a refletir sobre a nossa fé em Jesus Cristo. O diálogo entre Jesus e Pedro nos mostra a necessidade de contínua purificação e amadurecimento de nossa fé. ”Tu és o Messias”, responde Pedro à pergunta de Jesus sobre o que os discípulos pensavam dele. Contudo, logo depois, Jesus “repreendeu a Pedro” porque ele não estava pensando como Deus e sim “como os homens”. A imagem do Messias, que ele tinha naquele momento, não correspondia ao modo de ser de Jesus. Assim como muita gente daquele tempo, Simão Pedro não podia admitir que o Messias pudesse passar pela paixão e morte na cruz. Eles esperavam um Messias dominador e glorioso, segundo a lógica deste mundo. Por isso, chegou a repreender Jesus por causa do anúncio da Paixão. Ao anunciar a sua paixão e morte na cruz, Jesus assume a condição do Servo do Senhor, sofredor, fiel até à morte, descrita pelo profeta Isaías, conforme nos recorda a primeira leitura da missa (Is 50,5-9). A profecia a respeito do Servo sofredor, do Servo fiel, se aplica plenamente a Jesus Cristo. O Messias-Servo assume o sofrimento; não desiste da missão; permanece fiel, confiando em Deus, seu “Auxiliador”.

É na cruz, na doação da própria vida, que se revelará inteiramente quem é Jesus Cristo, que tipo de Messias ele é. Somente quem for com Jesus até a cruz, irá entendê-lo; não basta acompanhá-lo na hora dos milagres. Somente quem subir, com Jesus, o calvário, irá conhecer e contemplar o verdadeiro rosto do Messias. O “segredo messiânico”, enfatizado por Marcos, se desvela já na profissão de fé de Pedro, mas será revelado inteiramente na cruz: “Este homem era, de fato, o Filho de Deus” (Mc 15,39), proclamará o oficial romano diante de Jesus crucificado, o Messias sofredor que doa a sua vida e alcança a vitória pascal. Por isso, Jesus não se dirige apenas aos discípulos, mas à multidão (Mc 8,34), dizendo: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Hoje, a tendência predominante é a de se buscar uma vida cômoda, sem sacrifícios ou renúncias. A figura de um discípulo “light” não condiz com a proposta de Jesus.

O texto da Carta de São Tiago (Tg 2,14-18) nos mostra a importância da fé em Cristo ser testemunhada pelas obras, destacando a caridade para com os pobres. A fé em Cristo não nasce das obras, mas se exprime através delas, especialmente, através do amor ao próximo.

Neste mês dedicado especialmente à Bíblia, vamos procurar crescer no conhecimento de Jesus Cristo, revelado pela Sagrada Escritura. Para isso, necessitamos mais tempo para ler, meditar e rezar com a Bíblia. Façamos isso, a cada dia, com verdadeiro espírito de oração!

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

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