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32º Domingo do Tempo Comum

Ficai Vigiando!

+ Sergio da Rocha

Cardeal Arcebispo de Brasília

 

O Evangelho (Mt 25,1-13) nos convida a estar preparados, vigilantes, para o encontro com o Senhor. Conforme a parábola das dez virgens, a atitude de espera consiste em manter as lâmpadas acesas e ir ao encontro do esposo. Cuidar para que as lâmpadas permaneçam acesas indica que a espera não pode ser passiva ou acomodada, mas ativa e atenta. É preciso atenção constante sobre a própria conduta, ao invés de se deixar levar pela tendência em observar criticamente a vida dos outros. Para que a lâmpada não se apague, é necessário alimentá-la com o óleo da fé, da fidelidade e das boas obras, obtido por meio da oração, da participação na Eucaristia e da escuta da Palavra de Deus, dentre tantos outros meios. A lâmpada deve brilhar na vida cotidiana, o tempo todo, pois ninguém sabe o dia nem a hora em que o Senhor virá. Caminhar ao encontro do “noivo” implica em ter o coração e o olhar voltados para o Senhor. A longa espera não pode levar a descuidar da vigilância. Um estilo de vida mundano não condiz com a espera vigilante e prudente.

O encontro definitivo com o Senhor acontecerá com a morte. Segundo S. Paulo (1 Ts 4,13-18), o cristão que vive da fé no Senhor Ressuscitado não se apavora perante a morte, mas permanece fiel, com serenidade e esperança. A fé na ressurreição alimenta a lâmpada que ilumina os discípulos de Cristo quando passam pela experiência da morte.

Felizes são aqueles que permaneçam prudentes e vigilantes à espera do Senhor a fim de entrar, com ele, no banquete do Reino. “Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro”, afirma o Apocalipse (Ap 19,9). “Felizes os convidados para a ceia do Senhor”, proclama a Igreja antes da comunhão eucarística. Ele vem a nós no banquete da Eucaristia, a Ceia do Senhor, esperando encontrar-nos com as lâmpadas acesas, alimentadas com o óleo da fidelidade. Não basta dizer “Senhor! Senhor!”. É preciso por em prática a sua Palavra, especialmente o amor ao próximo para ser reconhecido como discípulo de Jesus. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos”, afirma Jesus, “se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). Ao contrário, além das pessoas não reconhecerem os discípulos de Jesus, ele mesmo não os reconhecerá: “Em verdade eu vos digo, não vos conheço!” (Mt 25,12).

Na caminhada vigilante ao encontro do Senhor, especialmente no discernimento de sua vontade, é fundamental a sabedoria, dom de Deus. A primeira leitura (Sab 6,12-16) nos apresenta a beleza e vigor da sabedoria que Deus oferece generosamente aos que a procuram, tomando a iniciativa de vir ao seu encontro, cheio de bondade, “nas estradas” da vida e “em todos os seus projetos”.

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