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Discípulos-Missionários Santos

Nós estamos celebrando este Domingo do Tempo Comum, em profunda comunhão com o Santo Padre, o Papa Francisco, e com os Bispos que participam do Sínodo sobre os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional, iniciado no Vaticano, dia 03 de outubro. Unidos, como Igreja, nós bendizemos a Deus pelo Sínodo e pela canonização de sete santos, neste domingo, dentre os quais, o Papa Paulo VI, falecido em 1978; Dom Oscar Romero, Arcebispo de San Salvador, na América Latina, assassinado em 1980, enquanto celebrava a missa; e o jovem operário italiano Nunzio Sulprizio, falecido em 1836, com 19 anos. A canonização durante o Sínodo nos recorda a vocação à santidade de todo o Povo de Deus, especialmente dos jovens, chamados a serem santos no mundo de hoje. Somos todos chamados à santidade, através do discipulado e da missão, cada um segundo a vocação recebida. Os santos são verdadeiros discípulos-missionários, especialmente pelo testemunho cotidiano da fé e do amor ao próximo.

O Evangelho nos apresenta uma pergunta que continua a ecoar ao longo dos séculos: “que devo fazer para ganhar a vida eterna?” (Mc 10,17). A resposta de Jesus pode ser resumida na expressão “Vem e segue-me” (Mc 10,21). Em Jesus Cristo, o discípulo encontra o Caminho, a Verdade e a Vida. Ao responder à pergunta daquele homem, Jesus “olhou para ele com amor”, propondo duas atitudes fundamentais: a vivência dos mandamentos e a partilha dos bens para obter um tesouro no céu. O apego aos bens materiais torna difícil entrar no reino de Deus, através do seguimento de Jesus. O discípulo não conseguirá trilhar o caminho carregado de bens materiais. Na primeira leitura, o Livro da Sabedoria nos recorda o valor maior a ser cultivado que é a “sabedoria” e não o poder e as riquezas.

O diálogo entre Pedro e Jesus ilumina a questão do desapego a ser cultivado pelo discípulo. Enquanto Pedro fala em “deixar e seguir” (Mc 10,28), Jesus se refere a “deixar e receber” (Mc 10,29-30). A visão de Pedro a respeito parece negativa, acentuando aquilo que se deixa para seguir Jesus. A resposta de Jesus a Pedro se refere ao muito que o discípulo recebe, “cem vezes mais”, já na vida presente, e no futuro, a vida eterna. Contudo, a vida dos discípulos nunca será fácil, cômoda. Jesus menciona também as “perseguições”, que se tornam um critério fundamental para definir um verdadeiro discípulo de Cristo.

A Carta aos Hebreus proclama que a “a Palavra de Deus é viva e eficaz”. Sua força criadora, renovadora, é experimentada por aqueles que a acolhem e testemunham, fazendo-se discípulos-missionários do Senhor. Para ser discípulo-missionário santo, é preciso ter sempre “coração de discípulo”, que se coloca continuamente à escuta do Senhor.

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

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