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Solenidade da Epifania – 06/01/2019

Epifania do Senhor

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

A solenidade da Epifania do Senhor ocupa lugar especial no Tempo do Natal, completando o quadro do nascimento de Jesus Cristo, com a presença dos magos do Oriente no presépio. Esta festa costuma ser denominada “festa dos Santos Reis”, mas a palavra grega “epifania” deve ser valorizada, pois tem um significado muito rico, podendo ser traduzida como “revelação” ou “manifestação”. Em Jesus Cristo nascido em Belém, Deus revela o seu amor e manifesta a sua salvação para todos. Cumpre-se, de modo admirável, a universalidade da salvação anunciada pelos profetas.  Por isso, ao rezar, hoje, o Salmo 71, dizemos: “As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor”, sentindo-nos participantes do novo Povo de Deus, formado por gente de todas as raças, línguas e nações que caminha ao encontro do Salvador nascido em Belém.

O relato do nascimento de Jesus, na noite do Natal, ressaltava a presença dos pastores que se estavam nas redondezas e que foram às pressas ao encontro de menino Jesus para adorá-lo. O Evangelho proclamado nesta solenidade destaca o amor de Deus revelado às nações, representadas por aqueles homens sábios, denominados magos, que vieram de longe para adorar Jesus e oferecer-lhe presentes. Na Carta aos Efésios, hoje meditada, São Paulo refere-se ao “mistério” revelado, explicando-o: “os pagãos são admitidos à mesma herança” (Ef 3,6) do povo da Aliança.

Seguindo o exemplo dos magos, nós também somos convidados a caminhar ao encontro do menino Jesus, neste tempo de Natal, com uma atitude de adoração. Eles “ajoelharam-se diante dele e o adoraram” e “sentiram uma alegria muito grande” (Mt 2,10-11).  O Natal é tempo de experimentar esta alegria que brota do encontro com Cristo. Para isso, é preciso dispor-se a caminhar, ao invés de ficar acomodado, especialmente, ao iniciar um novo ano. Contudo, não podemos caminhar contando somente com as próprias forças. A estrela serviu de sinal para os magos. Nós necessitamos da luz de Deus, da sua sabedoria e do seu amor para percorrer o caminho.

O relato do Evangelho cita o rei Herodes. Ele não se dispôs a caminhar ao encontro de Jesus; apenas fingiu querer adorá-lo. Em seu orgulho, ele não foi capaz de colocar-se entre os humildes pastores, nem entre os sábios estrangeiros, ambos menosprezados por muitos naquele tempo, para caminhar à manjedoura de Belém.

Na Epifania, o nosso amor fraterno deve se alargar, dirigindo-se aos que não são amados e aos que mais sofrem. O nosso mundo necessita de cristãos que sejam sinais do amor de Deus. Por isso, adoramos o Menino Deus que oferece a todos o seu amor e salvação, dispondo-nos a amar a todos como ele nos ensinou.

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