Durante a última restauração dos vitrais da Catedral Metropolitana de Brasília alguns fatos ficaram registrados e trazemos abaixo para nosso visitante conhecer.
Desenhados pela artista Marianne Peretti, os vitrais originais foram fabricados de modo artesanal em vidro de sopro e apresentavam grande diferenças de espessura na mesma peça, razão pela qual o desenho assumia diferentes tonalidades. Tal fator, unido às altas temperaturas no interior da catedral acarretava tensões internas nos vitrais provocando a quebra espontânea das peças.
No mesmo ponto de um vidro foram medidas, no mês de julho de 2009, temperaturas mínimas de 15 graus Célcius e máximas de 68 graus Célcius, em intervalos inferiores a 12 horas, causando expansão e retração indesejável do vidro.
Os novos vitrais foram instalados e foram fabricados industrialmente, por uma tradicional empresa alemã de reconhecimento internacional e com tecnologia que garante a uniformidade na espessura de cada peça, sem perder a variedade das tonalidades criadas originalmente pela artista.
As placas de vidro coloridos foram fabricados em grandes dimensões na Alemanha e enviadas a um renomado ateliê na arte de vitrais, no Rio de janeiro, que realizou o corte e a montagem das peças, formando o desenho artístico de Marianne Peretti.
O processo de restauro também contempla os seguintes serviços realizados: a troca dos vidros externos por outros de melhor desempenho térmico, a instalação de novo sistema de acionamento eletromagnético dos sinos, o polimento de todo o mármore de carrara, a pintura interna e externa, a restauração das obras de arte da nave, a higienização das três esculturas dos anjos, a substituição dos cabos de aço que sustentam as três esculturas dos anjos e a modernização do seu sistema de fixação.
Essa obra foi acompanhada e fiscalizada pelo IPHAN, pela Petrobras e por arquitetos e engenheiros especializados.