Casimiro nasceu na Croácia no dia 03 de outubro de 1458 e era o décimo terceiro filho do rei da Polônia, Casimiro IV, e da rainha Elisabete d’Asburgo.
Ele poderia muito bem colocar sobre a cabeça uma coroa e reinar sobre um território, como todos os seus doze irmãos o fizeram. Porém, apesar de possuir os tÃtulos de prÃncipe da Polônia e grão-duque da Lituânia, não seguiu esse caminho. Desde pequeno abriu mão do luxo da corte, suas ricas festas e todas as facilidades que a nobreza proporcionava. Fez voto de castidade e vivia na simplicidade do seu quarto, que transformou numa cela como a de um eremita, dedicando-se à oração, disciplina, penitência e solidão.
Quando os húngaros se rebelaram contra o seu rei, Mateus Corvino, e ofereceram ao jovem prÃncipe Casimiro, então com treze anos, a coroa, ele a renunciou tão logo soube que seu pai havia se declarado contra a deposição daquele rei e a imposição pela força de outro, no caso ele. O prÃncipe tinha de fato apenas uma ambição, se é que assim pode ser chamada: dedicar-se ao ideal da vida monástica.
Entretanto não fugia dos deveres polÃticos, tendo ajudado o pai nos negócios do reino desde os dezessete anos, principalmente nos problemas referentes à Lituânia, onde era muito querido pelo povo. Com a conversão do rei da Hungria que abdicou para entrar num mosteiro, o rei Casimiro IV, seu pai, herdou esses domÃnios que incluÃam além da Hungria a Prússia. Porém, isso também não entusiasmou o jovem prÃncipe a se coroar. Desde a infância levava uma vida ascética, muito humilde, jejuando continuamente e dormindo no chão, por isso sua saúde nunca foi perfeita.
Dessa forma, jovem prÃncipe acabou contraiu a tuberculose. Mesmo assim seu pai lhe cofiou a regência do reino, por um breve perÃodo. O rei desejando ampliar ainda mais os domÃnios do já imenso império, pretendia firmar um contrato de matrimonio para o filho com a bela e rica herdeira de Frederico III, cujas fronteiras passariam as ser mar Báltico e o mar Negro, realizando seu velho sonho. Por isso precisava se ausentar, pois queria tratar pessoalmente de tão delicado assunto.
Casimiro, como prÃncipe regente, não se furtou à s obrigações junto ao seu amado povo. Cumpriu a função com inteligente polÃtica, todavia sem se deixar seduzir pelo poder. Depois, o rei teve de se conformar, porque Casimiro preferiu o celibato e o tratado do matrimônio foi desfeito. Ele preferiu ser lembrado por ficar entre os pobres de espÃrito, entre aqueles que receberam o reino de Deus, do que ser recordado entre os homens famosos e poderosos que governaram o mundo.
Morreu aos vinte e cinco anos de idade e foi sepultado em Vilnius, capital da Lituânia, em 04 de março de 1484. Logo passou a ser venerado por todo o povo polonês, lituano, húngaro, russo. Seu culto acabou sendo introduzido na Europa ocidental através dos peregrinos que visitavam sua sepultura. Menos de quarenta anos após sua morte já era canonizado pelo Papa Leão X. São Casimiro foi declarado padroeiro da Lituânia e da juventude lituana; também da Polônia, onde até hoje é considerado um sÃmbolo para os cristãos, que o veneram como o protetor dos pobres.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Arcádio e Eugênio.