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Solenidade de Pentecostes

+ Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília

Pentecostes era uma festa hebraica, celebrada cinquenta dias após a Páscoa, originalmente agrícola, pois nela se ofertavam a Deus as primícias dos campos, dedicada mais tarde à comemoração da Aliança no Sinai. O autor dos Atos dos Apóstolos, o evangelista S. Lucas, ressalta a ação do Espírito Santo no início da pregação de Jesus, conforme a célebre passagem na sinagoga de Nazaré (Lc 4), assim como, a efusão do Espírito Santo no início da pregação apostólica, isto é, na vida da Igreja, quando era celebrada a antiga festa de Pentecostes. Por isso, após a manifestação do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos no cenáculo, em Jerusalém, Pentecostes recebe novo significado, passando a celebrar a vinda do Espírito Santo. Com esta solenidade, concluímos o Tempo Pascal, suplicando a presença do Espírito Santo em nossa vida e na vida da Igreja. “Enviai o vosso Espírito, Senhor, e renovai a face da terra”, rezamos no Salmo 103. “Daí aos corações vossos sete dons”, pedimos através do hino litúrgico conhecido como “Sequência” de Pentecostes.

Neste Ano da Fé, temos ocasião para expressar com vigor e renovada convicção que cremos no Espírito Santo “que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”, conforme rezamos na formula mais longa do “Creio”. O Catecismo da Igreja Católica, meio privilegiado para a vivência do Ano da Fé, nos ajuda a compreender e a viver melhor o mistério que estamos celebrando, iluminados pela Sagrada Escritura. Por isso, procure ler o Catecismo.

A Liturgia da Palavra nos fala do Espírito Santo. O livro dos Atos dos Apóstolos mostra o Espírito iluminando e animando os discípulos a anunciar o Evangelho, unindo os que falavam línguas diferentes e fazendo-os compreender a pregação dos Apóstolos, “pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At 2,8). A unidade das línguas, dom do Espírito, se contrapõe à divisão ocorrida em Babel. S. Paulo também se refere à unidade na diversidade de dons e ministérios provenientes do mesmo Espírito, em vista do bem comum (1Cor 12, 5-6), motivando os cristãos a viverem unidos. O Evangelho segundo João, ao relacionar o dom do Espírito ao Senhor Ressuscitado, destaca o perdão e a paz, assim como, o envio em missão. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21), afirma Jesus. Assim sendo, nós somos convidados a acolher, hoje, o Espírito da unidade, do perdão e da paz, o Espírito que nos anima e fortalece na vida cristã, especialmente, no testemunho cotidiano da fé. Rezemos, especialmente, pela unidade da Igreja e pela unidade de todos os cristãos, concluindo a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

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